URGÊNCIAS POR AFOGAMENTO EM PISCINAS – O QUE FAZER?

Caso a prevenção falhe…

Siga os passos abaixo:
1º – Reconheça que uma pessoa esta se afogando e precisa de ajuda
• Banhista não se desloca, tem uma forma errática de flutuar ou nadar e se mantém na posição vertical.
• Ao contrário do que a maioria pensa, pessoas se afogando não acenam ou gritam por socorro, e parecem muitas vezes que estão apenas brincando na água.
Afogado3

2º – Assim que você reconheceu um afogado peça a alguém que chame por socorro ligando 193
• Só depois de chamar por Socorro você deverá tentar ajudar sem se arriscar.
telefone

3º – Forneça qualquer material flutuante interrompendo o processo de afogamento
• Até 4m do afogado – Utilize varas, galhos ou cordas. Em piscinas, por exemplo, sempre existem as varas de alumino de peneiras e aspirações que podem ser usadas para ajudar as pessoas.

DSC02558
DSC02556
DSC02554

• Distancias maiores de 4m – atire uma bóia, garrafa PET, pranchas, bola, tampas de isopor ou outro material que flutue.

DSC02567
DSC02565
DSC02561
DSC02559


4º – Remova o afogado da água somente se for seguro a você

• Tente sempre ajudar mantendo-se fora da água. Assim você não se torna um segundo afogado
• Entre na água somente se tiver absoluta segurança de não correr risco de ser um segundo afogado.
• Se você decidiu entrar na água para socorrer

  • Leve consigo sempre que possível algum material de flutuação.
  • Retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu deslocamento. É válida a tentativa de se fazer das calças um flutuador, porém isto costuma não funcionar se for sua primeira vez.
  • Entre na água sempre mantendo a visão na vítima.
  • Pare a 2 m antes do afogado e lhe entregue o material de flutuação. Sempre mantenha o material de flutuação entre você e ele.
  • Nunca permita que o afogado chegue muito perto, de forma que possa lhe agarrar. Entretanto, caso isto ocorra, afunde que ele lhe soltará.
  • Deixe que o afogado se acalme, antes de chegar muito perto.
  • Se você não estiver confiante em sua natação, peça ao afogado que flutue e você então acena pedindo ajuda. Não tente rebocá-lo até a borda da piscina, pois isto poderá gastar suas últimas energias.
  •  Durante o socorro, mantenha-se calmo, e acima de tudo não se exponha a riscos desnecessários.

Caso a pessoa a ser socorrida esteja presa ao sistema de aspiração. A única forma de solta-la e realizar a sua retirada de dentro da água para proceder os primeiros socorros é desligando a energia da bomba. Ainda assim por vezes o vácuo mantém a pessoa presa ao local, necessitando abrir o Skimmer ou o bocal de aspiração lateral da piscina para e as torneiras correspondentes para então interromper o vácuo criado.

• Se você for o afogado, não entre em pânico, apenas tente flutuar e acene por socorro IMEDIATAMENTE.

5º – Forneça os primeiros socorros na borda da piscina

5.1Ao chegar à borda da piscina coloque o afogado com a cabeça e o tronco na mesma linha horizontal. A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, alem de facilitar a ocorrência de vômitos.
• Cheque a resposta da vítima perguntando, “Você está me ouvindo?”
RCP1

5.2Se houver resposta (fala, movimenta ou qualquer outra resposta) do afogado ele está vivo (respiração e coração batendo). Coloque em posição lateral de segurança e aguarde o socorro chegar.

DecubitoLateral1

DecubitoLateral2

DecubitoLateral3

DecubitoLateral4


Se não houver resposta do afogado ele esta inconsciente, e isto implica em 2 possibilidades principais: Ele esta vivo mas não responde OU ele esta em parada da respiração e do coração (parada cárdio-respiratória(PCR))

SE AINDA NÃO FOI CHAMADO O 193 ou 192, ESTA É UMA HORA INDICADA

5.3Abra as vias aéreas, colocando dois dedos da mão direita no queixo e a mão esquerda na testa, e estenda o pescoço (figura);
RCP3

5.4 Cheque se existe respiração – ver, ouvir e sentir – ouça e sinta a respiração e veja se o tórax se movimenta (figura) – Se houver respiração coloque em posição lateral de segurança e aguarde o socorro da ambulância chegar.
RCP4

5.5Se NÃO houver respiração – inicie a ventilação boca-a-boca – Obstrua o nariz utilizando uma das mãos na testa e com os dois dedos da outra mão abra a boca e realize 5 ventilações boca-a-boca iniciais observando um intervalo entre cada uma que possibilite a elevação do tórax, e logo em seguida o seu esvaziamento.
RCP5
É recomendável a utilização de barreira de proteção (máscara), mas a sua ausência não é impedimento, pois o risco, quando não há sangue na boca, para o socorrista é desprezível, e

5.6 Se NÃO houver resposta do afogado (movimentos ou reação à ventilação) assuma que o coração esta parado, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo abdômen localizando o encontro das duas últimas costelas, marque dois dedos, retire a mão da testa e coloque-a no tórax e a outra mão por sobre a primeira e inicie 30 compressões cardíaca externa.

RCP8
RCP9
RCP10
RCP11

• A velocidade destas compressões deve ser de 100 vezes em 60 segundos. Em crianças de 1 a 9 anos utilize apenas uma mão para as compressões. Mantenha alternando 2 ventilações e 30 compressões e não pare até que:

a – Haja resposta e retorne a respiração e os batimentos cardíacos. Coloque então a vítima de lado e aguarde o socorro médico solicitado;
b – Você entregue o afogado a uma equipe médica; ou
c – Você fique exausto.

  • Após os primeiros 4 ciclos completos de compressão e ventilação, reavalie a ventilação e os sinais de circulação. Se ausente, prossiga a RCP e interrompa-a para nova reavaliação a cada 2 minutos ou 4 ciclos.
  • Assim, durante a RCP, fique atento e verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo, o que será importante na decisão de parar ou prosseguir nas manobras. Existem casos descritos de sucesso na reanimação de afogados após 2 horas de manobras e casos de recuperação sem danos ao cérebro até 1 hora de submersão.
  • Sempre inicie todo processo com apenas um socorrista, para então após 2 a 3 ciclos completos de RCP, iniciar a alternância com dois socorristas.
  • Os socorristas devem se colocar lateralmente ao afogado e em lados opostos. Em caso de cansaço realize a troca rápida de função com o outro.
  • Aquele responsável pela ventilação deve manter as vias aéreas desobstruídas.
  • A RCP deve ser realizada de preferência no local do afogamento, pois é aonde a vítima terá a maior chance de sucesso. Nos casos do retorno da função cardíaca e respiratória acompanhe a vítima com muita atenção, durante os primeiros 30 minutos, até a chegada da equipe médica, pois ainda não esta fora de risco de uma nova parada cárdio-respiratória.
  • Nos casos onde não houver efetividade da manobra de ventilação boca-a-boca, refaça a hiperextensão do pescoço e tente novamente.
  • As próteses dentárias só devem ser retiradas caso estejam dificultando a ventilação boca-a-boca.
  • O ar atmosférico é uma mistura gasosa que apresenta cerca de 21% de O2 em sua composição. Em cada movimento respiratório gastamos cerca de 4% desse total, restando 17% de O2 no ar expirado pelo socorrista. Esta quantidade de O2 é suficiente para a ventilação boca-a-boca ser considerado o mais eficiente método em ventilação artificial de emergência.


QUANDO VALE A PENA TENTAR A RCP EM AFOGAMENTO ?

O tempo é fator fundamental para um bom resultado na RCP, e os casos de afogamento apresentam uma grande tolerância à falta de oxigênio, o que nos estimula a tentar a RCP além do limite estabelecido para outras patologias. Inicie a RCP em:
1. Todos os afogados em PCR com um tempo de submersão inferior a uma hora – Três fatos juntos ou isolados explicam o maior sucesso na RCP de afogados – o “Reflexo de mergulho”, a continuação da troca gasosa de O2 – CO2 após a submersão, e a hipotermia. O Centro de Recuperação de Afogados (CRA) tem registrado 13 casos de PCR com submersão maior do que 7 minutos, sendo 8 com mais de 14 minutos ressuscitados com sucesso(2003).
2. Todos os casos de PCR que não apresentem um ou mais dos sinais abaixo;
• Rigidez cadavérica
• Decomposição corporal
• Presença de livores

A AMBULÂNCIA E O HOSPITAL – Todo e qualquer atendimento pela ambulância e em seqüência o
hospital só será possível se o socorrista realizar o primeiro atendimento. Portanto você é a parte
mais importante de todo atendimento na sobrevivência do afogado.

COMPLICAÇÕES NO ATENDIMENTO AO AFOGADO
O vômito é o fator de maior complicação nos casos de afogamento onde existe inconsciência. A sua ocorrência deve ser evitada utilizando-se as manobras corretas:
• Posicione o afogado na borda da piscina com a cabeça ao mesmo nível que o tronco – Evite colocá-lo inclinado de cabeça para baixo.
• Desobstrua as vias aéreas antes de ventilar – Evite exagero nas insuflações boca-a-boca, evitando distensão do estômago.
• Em caso de vômitos, vire a face da vítima lateralmente, e rapidamente limpe a boca.
• Lembre-se que, o vômito é o pior inimigo do socorrista.

CONDUTA APÓS O RESGATE AQUÁTICO
O socorrista pode enfrentar a dúvida de quando chamar o socorro médico e quando encaminhar a vítima ao hospital após o resgate. Em casos graves a indicação da necessidade da ambulância e/ou do hospital é óbvia, porém casos menos graves sempre ocasionam dúvidas. Após o resgate e o atendimento inicial temos resumidamente 3 possibilidades:
1. Liberar o afogado sem maiores recomendações.
a) Afogado sem sintomas, doenças ou traumas associados – sem tosse, com a freqüência do coração e da respiração normal, sem frio e totalmente acordado, alerta e capaz de andar sem ajuda.
2. Liberar a vítima com recomendações de ser acompanhada por médico.
a) Afogado com qualquer queixa pequena que não o impeça de falar e andar.
3. Acionar o Sistema de Emergências Médicas (SEM) – Ambulância (193) ou levar diretamente ao hospital em caso de ausência do SEM (ambulância).
a) Qualquer outro afogado que não se encaixe nas situações dos itens 1 ou 2.

BIBLIOGRAFIA
1. David Szpilman, Joost Bierens, Anthony Handley, & James Orlowski. Drowning: Current Concepts. N Engl J Med 2012;366:2102-10
2. David Szpilman. Afogamento – Perfil epidemiológico no Brasil – Ano 2012. Publicado on-line em www.SOBRASA.org, Fevereiro de 2012.
1. Allman FD, Nelson WB, Gregory AP, et al: Outcome following cardiopulmonary resuscitation in severe near-drowning. Am J Dis Child 140: 571-75,1986.
2. Beck EF, Branche CM, Szpilman D, Modell JH, Birens JJLM, A New Definition of Drowning: Towards documentation and Prevention of a Global Health Problem; Bulletin of World Health Organization – November 2005, 83(11).
3. Branche CM, “What is really happening with Drowning Rates in the United States?” Drowning- New Perspectives on Intervention and Prevention – Edited by Fletemeyer J. R. and Freas S.J., CRC Press, 1998, P31-42.
4. Consensus on Drowning Definition – World Congress on Drowning, Netherlands 2002.
5. Cummins RO, Szpilman D. Submersion. In Cummins RO, Field JM, Hazinski MF, Editors. ACLS-the Reference Textbook; volume II: ACLS for Experienced Providers. Dallas, TX; American Heart Association; 2003. Pages 97-107.
6. DeNicola LK, Falk JL, Swanson ME, Gayle MO, Kissoon N; Submersion injuries in children and adults; Critical Care Clinics; volume 13, number 3, july 1997, P477-502.
7. Eisemberg MS: Prehospital Cardiopulmonary resuscitation- Is it effective? Jama 1985; 253: 2408-12.
8. Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiac Care (ECC); Circulation, August 22, Vol 102, No 8, 2000.
9. Idris AH, Berg RA, Bierens J, Bossaert L, Branche CM, Gabrielli A, Graves SA, Handley AJ, Hoelle R, Morley PT, Papa L, Pepe PE, Quan L, Szpilman D, Wigginton JG, Modell JH., Recommended guidelines for uniform reporting of data from drowning: the “Utstein style”, Resuscitation,2003Oct;59(1):45-57.
10. Modell JH: Etiology and Treatment of Drowning – New Perspectives on Intervention and Prevention – Edited by Fletemeyer J. R. and Freas S.J., CRC Press, 1998, P21-30.
11. Modell JH; Drowning : Current Concepts: Review Article New Eng. J.Med., 1993, 328(4), pp 253-256.
12. Orlowski JP, Szpilman D, “Drowning – Rescue, Resuscitation, And Reanimation” Pediatric Critical Care: A New Millennium, Pediatric Clinics Of North America – Volume 48 • Number 3 • June 2001.
13. Quan L, Kinder D: Pediatric Submersions: prehospital predictors of outcome. Pediatrics 1992; 90: 909-913.
14. Special Resuscitation Situations; Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiac Care (ECC); Circulation, August 22, Vol 102, No 8, 2000.
15. Szpilman D & Cruz-Filho FES; Epidemiological Profile Of Drowning In Brazil – 144,207 deaths in 20 Years Study; World Congress on Drowning, Netherlands 2002, Oral presentation.
16. Szpilman D, “Drownings on the Beaches of Brazil”, Drowning – New Perspectives on Intervention and Prevention – Edited by Fletemeyer J. R. and Freas S.J., CRC Press, 1998, P125-146.
17. Szpilman D, 22 minutes submersion in warm water without sequelae; World Congress on Drowning, Netherlands 2002, Oral Presentation.
18. Szpilman D, Afogamento, Revista Bras. Med. Esporte – Vol 6, N4 – Jul/Ago, 2000, P131-144.
19. Szpilman D, Elmann J & Cruz-Filho FES; DROWNING CLASSIFICATION: a revalidation study based on the analysis of 930 cases over 10 years; World Congress on Drowning, Netherlands 2002, Oral Presentation.
20. Szpilman D, Brewster C, Cruz-Filho FES. Aquatic cervical spine injury – How often do we have to worry? World Congress on Drowning, Amsterdam 2002, oral presentation Book of abstracts?.
21. Szpilman D, Elmann J & Cruz-Filho FES; Drowning Resuscitation Center – Ten-Years of Medical Beach Attendance in Rio de Janeiro-Brazil; World Congress on Drowning, Netherlands 2002, Poster Presentation.
22. Szpilman D, Newton T, Cabral PMS; Capítulo AFOGAMENTO; Livro “TRAUMA – A doença dos Séculos”, Editor chefe Evandro Freire – SP – Editora Atheneu – 2001, Cap 163, Vol2, P2247-66.
23. Szpilman D, Orlowski PJ; afogamento, Revista Soc. Cardiol. Estado de São Paulo (SOCESP) – 2001, 2:390-405.
24. Szpilman D, Orlowski JP, Bierens J. Drowning. In: Fink M, Abraham E, Vincent JL, Kochanek P (ed). Textbook of Critical Care, 5th edition – Chapter 88; Pg 699-706; Elsevier Science 2004.
25. Szpilman D., Dados elaborados com base no DATASUS – Ministério da Saúde – Sistema de Informação de Mortalidade – Ano 2000, .
26. Szpilman D., Dados elaborados com bases nas informações de “Injury. A leading cause of the global burden of disease” – WHO – 1999 <http://www.who.int/violence_injury_prevention/index.html>.
27. Szpilman D. Near-drowning and drowning classification: a proposal to stratify mortality based on the analysis of 1,831 cases. Chest 1997;112:660-665.
28. Szpilman D, Soares M. In-water resuscitation — is it worthwhile? Resuscitation 2004;63:25-31.
29. Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First aid courses for the aquatic environment. In: Bierens JJLM Handbook on drowning: prevention, rescue, treatment. Springer Verlag 2005:
30. Szpilman D, Artigo revisão, Afogamento na Infância: Epidemiologia, tratamento e prevenção; Sociedade de Pediatria de São Paulo, Rev Paul Pediatr – Setembro 2005, Vol 23, n3, pg 142-53.
31. Szpilman D; A case report of 22 minutes submersion in warm water without sequelae; section 6(6.15) Resucitation, in Hand Book on Drowning:Prevention, Rescue and Treatment, edited by Joost Bierens, Springer-Verlag, 2005, pg 375-376.
32. Szpilman D, Sincok A, Graves S; Classification Systems; section 7(7.11) Hospital Treatment, in Hand Book on Drowning:Prevention, Rescue and Treatment, edited by Joost Bierens, Springer-Verlag, 2005, pg 427-432.
33. Szpilman D, as collaborator, in “The United Lifesaving Association – Manual of Open Water Lifesaving – Second Edition – Chris Brewster – 2004.
34. Szpilman D; Recommended technique for transportation of drowning victim from water and positioning on a dry site varies according to level of consciousness” recomendações mundiais em emergências junto a American Heart Association (AHA) e International Liaisson Comittee for resuscitation (ILCOR), Budapest, Setembro de 2004.
35. Szpilman D; “Open airway only (conscious victim), ventilation only, CPR (unconscious victim), C-spine stabilization (if indicated) and calling for help, are safe, effective and feasible interventions for rescuers to perform on drowning victims before removal from water” para as próximas recomendações mundiais em emergências junto a American Heart Association (AHA) e International Liaisson Comittee for resuscitation (ILCOR), Budapest, Setembro de 2004.
36. Szpilman D, Idris A, Cruz-Filho FES. Position of drowning resuscitation victim on sloping beaches; World Congress on Drowning, Amsterdam 2002, Book of Abstracts, p 168.
37. Tipton MJ, Kelleher PC, Golden FST. Supraventricular arrythmias following breath hold submersion in cold water. Undersea Hyperbaric medicine 1994; 21305-313.
38. Wernicki P, Fenner P, Szpilman D; Spinal injuries: immobilization and extraction. In: Bierens JJLM Handbook on drowning: prevention, rescue, treatment. Springer Verlag 2005:

Dr David Szpilman

Dr David Szpilman

Dr David Szpilman - Sócio Fundador, Ex-Presidente, Ex-Diretor Médico e atual Secretário-Geral da SOBRASA; Ten Cel Médico RR do CBMERJ; Médico do Município do Rio de Janeiro; Membro do Conselho Médico e Prevenção da International Lifesaving Federation - ILS; Membro da Câmara Técnica de Medicina Desportiva do CREMERJ. www.szpilman.com